domingo, 22 de junho de 2008

Amor: "isso" existe ou foi mais uma invenção tola da humanidade?

Há algum tempo tenho me questionado se o amor existe...

Sei que há muitos tipos de amor. Amo incondicionalmente minha mãe, minha sobrinhas e até minhas irmãs...

Mas tentei lembrar quando foi a última vez que falei "te amo" pra um homem, olhando nos olhos dele.
Muitas imagens vêm na minha cabeça... Mas a lembrança insiste em dizer em que a última vez foi quando eu tinha 17 anos... E o Renato nem era meu namorado. É o meu irmão do coração. Uma pessoa em que guardo nas minhas mais ternas lembranças... pois a vida e a esposa dele o afastaram de mim.
Escrevi muitas cartas, muitos versos. Ensaiei muitas vezes sozinha... Falei pelo telefone.
Mas olhando nos olhos, eu não me lembro. E se não lembro... não fiz.
Já vasculhei as memórias... namorei quase 5 anos. Pensei em casar. Mas não saiu o "te amo". Mesmo achando que eu amava... Coitado do Manoel Alexandre... coitada de mim mesma... ainda bem que descobri a tempo que não ia dar certo. Mas cheguei a acreditar, sob lágrimas, que ele era o grande amor da minha vida. Mas foram quase cinco anos. Um tempo de incertezas, de horas de alegrias seguidas de semanas ou meses de tristezas... de um coração dilacerado... de um olhar perdido e triste.

Teve o Thomas, que ficou num quase eterno ir e vir de quase 2 anos - ou seja não tão eterno assim... mas que nunca falei. Nunca tive certeza. Tive muita insônia, muita insegurança, muitas dúvidas, muita decepção. Na verdade, eu sei que tenho um carinho imenso por ele. É uma pessoa que guardo no meu coração, que faz parte da minha vida. Mas que não me ajudou na minha busca. Ele me ajudou apenas a desacreditar ainda mais nessa droga que as pessoas chamam de amor.

Caso fosse citar todos os nomes, todos os casos e acasos, certamente escreveria um livro. E seria um livro bem grande.

O fato é que entre tantos homens que conheci minhas dúvidas permanecem.

E a cada dia a esperança que guardo no coração parece que diminui.

Tem dias em que alguma coisa reacende a chama: Algum depoimento, algum casal apaixonado, alguma história sobre a qual eu li, alguma frase que alguém me disse.

Mas sinto meu coração gelado. Conformada com a situação. Conformada em me apaixonar num dia para me "desapaixonar" no outro dia.

Mas ainda há uma esperança... quase perdida... muitas vezes esquecida... que me diz que eu preciso acreditar nisto para dar sentido a minha existência.

Passo os dias a procurar: um olhar, uma palavra, um sorriso, QUALQUER COISA que me mostre que os filme de Hollywood são baseados em fatos reais... que aquele casal que faz pose na frente de todo mundo, é realmente um casal apaixonado, não apenas duas pessoas conformadas encenando para si mesmas que a vida é cor-de-rosa... que às vezes em que eu escrevi versos, que fiz poesia, que passei noites insones a pensar, era por causa deste maldito sentimento... e não apenas um sentimento MAL DITO, mal explicado, mal interpretado.

As idéias estão aqui, confusas, pedindo passagem... querendo sair pro mundo.

Mas estou cansada... e ficar pensando e martelando a respeito disto me deixa triste... me deixa inconformada.

Sei que nos próximos dias estarei pensando e repensando sobre isto... retorno aqui e melhor0 o texto. Apago. Reescrevo.

E a minha dúvida permanece: existe este tal de amor?

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