sábado, 28 de maio de 2011

Saudades de um grande amigo

...
Penso, repenso. Que dia longo. Parece sonho ou talvez apenas um pesadelo.
Vou, refaço todos meus passos e de repente me vejo de novo no começo.
Nada faz sentido neste momento. Nada mais será como foi um dia.
Um mar de lembranças me abraça, junto com as lágrimas que insistem em não me deixar, risos, silêncio, birra, desentendimentos bobos...
A culpa bate sorrateira na minha porta e as lágrimas embaçam novamente minha vista.
Saudades sufocante.
Tanta coisa que eu poderia ter feito diferente.
Agora é a hora do arrependimento, de me lembrar do quão maravilhoso era a sua pessoa ao lado da minha insignificância, da minha mesquinhez.
Não adianta. É tarde para pedir desculpas. Não posso mais. Não posso.
E diante desta nova realidade, que me custa a acreditar, aparece um abismo que está a apenas um passo.
Eu sinto muito.
Sinto tanto por não ter sido perfeita. Mas espero aonde você estiver, que você entenda e sinta o tamanho do meu amor por você e o tamanho do vazio que você deixou na minha vida.
Eu lembro com clareza que às vezes tinha a sensação de que você me conhecia melhor do que eu mesma.
Como essa saudade dói. Dói tanto.



Obrigada pela amizade, por ter deixado lembranças boas: palavras amigas, cartas, cartões, ursinhos, lembrancinhas, puxões de orelhas.
E aonde estiver meu irmãozinho querido e muito amado, espere por mim, pois um dia a gente vai se encontrar.


Humberto Revolta
(20/01/1974-26/05/2011)
Saudades.

***Não desejo a ninguém o desafio de enterrar um amigo querido tão jovem. Parece que um pedaço de mim morreu ontem também.